O caminho das roupas e dos alimentos cruzou-se mais uma vez. E não falo das roupas de chocolate (foto abaixo), mas sim das roupas feitas com bactérias. O Tangible Media Group, laboratório do Massachusetts Institute of Technology, é o responsável pelas “roupas vivas”.
Os investigadores descobriram acidentalmente que as bactérias Bacillus subtilus incham ou encolhem naturalmente, de acordo com a humidade a que são submetidas. E foi essa descoberta que levou à sua utilização em roupas desportivas. Estas bactérias são conhecidas por serem peças-chave na produção de natto, grãos de soja fermentados, muito apreciados na culinária japonesa.
No protótipo chamado “Segunda Pele“, a equipa produziu roupas desportivas que naturalmente abrem frestas para permitir a passagem de ar e eliminação do suor, refrescando a pessoa durante a prática desportiva. O corpo humano elimina suor para manter a temperatura corporal sob controlo, mas as roupas normais são barreiras neste processo, ao contrário das roupas vivas.
O tecido é composto por três camadas, sendo as camadas externas impregnadas com as bactérias. As frestas cortadas no material foram dispostas segundo os mapas de calor do corpo humano. Assim, elas abrem-se exatamente nas partes que mais necessitam de arrefecer durante os exercícios. Quando a pele está seca, as frestas ficam fechadas. Com o calor e a humidade do corpo, as bactérias incham e as frestas abrem.
A multiplicação bacteriana é feita em laboratório e depois impressa nos tecidos, utilizando uma impressora biológica. Uma vantagem da roupa viva é que ela não requer energia e consome poucos recursos na produção. Enquanto, por exemplo, a produção de motores eletrónicos é feita montando várias peças, as células bacterianas podem reproduzir-se sozinhas e chegar até 10 mil milhões numa única noite.
Outras aplicações destes têxteis vivos já estão em curso, como um abajur que se abre quando a luz está acesa. O potencial é imenso.
Se eu tivesse esse tecido vivo, faria uma cortina que abre ou fecha de acordo com o Sol incidente na janela. E você, se tivesse este tecido em mãos, aplicá-lo-ia em quê?
Este texto foi escrito pela equipa do Blog Eat Innovation, um site sobre as coisas incríveis que se fazem na área alimentar.
Fontes: Tangible, Fast Company, Jornal de Notícias, Prato Fundo
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