Se a raça humana desaparecesse hoje do planeta, a natureza recuperaria em pouco tempo. No entanto, se a abelha, um simples inseto, muito menor do que nós, se extinguir, viveremos no máximo mais quatro anos. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), 85% das plantas com flores das matas e florestas e 70% das culturas agrícolas, dependem de polinizadores como as abelhas.
Na procura por alimentos, o ser humano criou novas tecnologias para suprir as necessidades dos biliões de pessoas existentes no mundo. Aperfeiçoámos a agricultura, abrimos novas áreas para cultivo, fizemos investigação na área vegetal e em 1950 começámos a solucionar vários problemas da agricultura, como fitossanidade e pragas, elevando a produção e mantendo a qualidade.
Longe desse contexto estão as abelhas, que em busca de pólen, a sua refeição, polinizam plantações de frutas, legumes e grãos. O processo de polinização constitui uma das mais fortes ligações entre plantas e animais, e na lista de prioridades dos seres humanos, não foi incluído o cuidado com os seres que prestam este serviço de ecossistemas. Uma falha que pode sair cara.
A abelha é o principal polinizador presente na natureza, sendo responsável em alguns ecossistemas por 80% de tudo o que é consumido no mundo, influenciando diretamente a produção de alimentos. Apesar da sua grande importância, esta espécie está a desaparecer, sendo os fatores mais importantes a utilização de pesticidas que matam estes insetos e a destruição do seu habitat natural.
Mais de 10 milhões de colmeias foram dizimadas em seis anos nos EUA, causando prejuízo e danos incalculáveis ao ecossistema. Esse desaparecimento repentino levou a que os investigadores direcionassem as suas pesquisas para entender este fenómeno. A conclusão foi que o pólen analisado estava contaminado com uma média de nove pesticidas e fungicidas, sendo encontrado até 21 diferentes produtos químicos agrícolas em apenas uma amostra.
Essa realidade não é vivida apenas nos EUA, é uma realidade mundial. Afinal, a tecnologia de produção é aplicada a nível mundial.
Por exemplo, no Brasil, os apicultores do Estado de Santa Catarina relataram o decréscimo do número de abelhas em 2012, tendo levado a uma diminuição da produção de mel e da sua exportação. Outro exemplo ocorreu na Ilha das Onças, no Estado do Pará, onde foi detetada uma queda de produção de açaí. A Dr.ª Vania Neu, da Universidade Federal Rural da Amazônia, trabalhou num projeto sobre este problema, que ganhou o prémio do Banco Santander Universidade Solidária. A bióloga concluiu que a queda na produção se devia à diminuição de abelhas, consequência da queima de colmeias por parte de moradores dessa localidade, que tinham medo dos animais, pensando que a espécie de abelha dessa região possuía ferrão. Detetado o problema, foi feita a reintrodução de abelhas na ilha, potencializando a produção de açaí novamente.
Este texto foi escrito pela equipa da Plant.aí, uma aplicação mobile que recompensa os utilizadores que consumirem produtos de empresas da rede Plant.aí, sendo a compra convertida em plantação de árvores.
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