Depois do falhanço de duas empresas, desempregado e sem perspetivas, aos 26 anos o surfista Nicholas Woodman decidiu fazer uma pausa durante uns meses para surfar entre a Austrália e a Indonésia. Nessa viagem teve uma ideia que o levou ao estatuto de bilionário, a câmara de filmar GoPro.
O sonho de qualquer surfista é viajar pelo mundo e apanhar ondas em praias incríveis. Nicholas queria registar os momentos da sua viagem enquanto estava em cima da prancha de surf. Na altura, o melhor que conseguiu foi amarrar ao braço uma banal máquina Kodak com uma fita elástica.
A ideia de que poderia ser possível criar uma máquina pequena e resistente que se amarrasse ao corpo enquanto se surfam ondas, esquiam montanhas ou se salta de para-quedas deixou Nicholas entusiasmado.
Quando regressou, Nicholas trancou-se em casa e, com a máquina de costura da mãe, juntou pedaços de borracha cortada dos fatos de surf a uma câmara de menos de 5 dólares e arriscou: enviou a sua primeira caixa estanque e 5 mil dólares a uma empresa desconhecida, com a expetativa de receber tudo traduzido num modelo 3D. Correu bem.
No ano seguinte, vendia o primeiro modelo. Em 2014, a GoPro entrou em bolsa e Nicholas na lista das pessoas mais ricas do mundo – é um dos mais novos bilionários.
Apesar do grande sucesso que Nicholas teve com a GoPro, nem sempre foi assim. Primeiro tentou vender equipamentos electrónicos online e faliu antes mesmo de arrancar. Depois, a fechar a década de noventa, reuniu perto de quatro milhões de dólares de financiamento para lançar uma plataforma de marketing e jogos online, a Funbug – durou um ano. “Ninguém gosta de falhar, mas o pior foi que perdi todo o dinheiro dos meus investidores. Ainda por cima, eram pessoas que acreditavam no jovem apaixonado pela ideia. Nessa altura começas a duvidar se as tuas ideias são, de facto, boas“, recordou à Forbes.
No site da empresa, Nicholas Woodman defende que “a GoPro ajuda as pessoas a capturar e partilhar as suas experiências de vida mais significativas com os outros para celebrá-las juntos. Da mesma forma como um dia na montanha com os seus é mais significativo do que passar esse dia sozinho, a partilha das nossas experiências coletivas torna a nossa vida mais divertida.”
Neste momento, as câmaras GoPro são usadas para filmar aventuras e proezas em todo o mundo, foi usada inclusivamente para registar o maior salto de pára-quedas em queda-livre.
Fontes: Económico, GCBrasil
Foto em destaque: Kai Lenny
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