Existem imensas campanhas de prevenção à condução perigosa, mas têm atuação limitada. Pensando em medidas mais eficazes, a Fiat está a testar uma chave para o carro que só funciona se o motorista não ingeriu álcool – Fiat Safe Key.
Segundo a Sociedade Portuguesa de Alcoologia, os “jovens portugueses têm vindo a adquirir padrões de consumo de álcool próximos dos nórdicos – grandes quantidades na mesma ocasião” e isto está relacionado com o facto das bebidas serem baratas e acessíveis. Além disso, o consumo de bebidas destiladas, mais graduadas, é cada vez mais intenso.
Chamado de Fiat Safe Key, o dispositivo faz parte de um projeto de consciencialização do risco de beber e conduzir. A chave inteligente desenvolvida pela Fiat contém um alcoolímetro, mais conhecido por “balão”, que mede a quantidade de álcool no sangue. A chave só funciona se as condições do condutor forem seguras. Se a luz vermelha aparecer, significa que o condutor ingeriu álcool acima da quantidade permitida e não está apto a conduzir. Ainda na impossibilidade da condução, a própria chave envia um sinal via Bluetooth para o telemóvel do dono do carro, que se conecta com uma aplicação de táxis ou envia um SMS para um contato previamente registado.
Também nessa linha de restrição ao condutor está a invenção de um estudante de apenas treze anos. Krishna Reddy desenvolveu um dispositivo que deteta se o motorista está sob o efeito de drogas. A análise, que ocorre em poucos segundos, requer apenas uma câmara digital, uma lanterna e um rolo de papel higiénico.
Quando uma pessoa usa drogas, a pupila do olho dilata e reage de maneira diferente. Para medir a dilatação, a lanterna é colocada na direção do olho e o rolo de papel higiénico direciona a luz para a pupila. Então, a câmara filma a pupila e um software realiza a medição. Como a compressão da pupila é da ordem de milímetros, a olho nu é muito difícil de detetar. E a vantagem sobre o alcoolímetro é que este capta alterações de diversos tipos de drogas.
A tecnologia pode mesmo salvar muitas vidas. No Brasil, por exemplo, conduzir alcoolizado é a segunda causa de morte no trânsito.
Contudo, se a consciência não acompanhar estes dispositivos inovadores, de nada adianta. É possível burlar o sistema, fazer os testes no lugar dos amigos embriagados, é claro. Então, deixo-te as perguntas: soprarias a chave para um amigo bêbado? E se ele batesse o carro naquela noite?
Este texto foi escrito pela equipa do Blog Eat Innovation, um site sobre as coisas incríveis que se fazem na área alimentar.
Fontes: G1, Exame, DN
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