Cerca de 8 milhões de toneladas de lixo plástico são lançadas nos oceanos anualmente. Além do lixo encontrado nas praias e a boiar na água, estima-se que também exista uma grande quantidade escondida no fundo dos oceanos ou fragmentada em pedaços tão pequenos que não são detetados pelas análises convencionais. Essas partículas estão a ser ingeridas por animais marinhas.
A marca desportiva Adidas está empenhada em reverter esta situação. Depois de criar uma sapatilha numa impressora 3D e uma sapatilha feita com redes de pesca ilegal, foi a vez de unir estes dois conceitos num só: sapatilhas impressas usando lixo marinho.
A impressão 3D de calçado contribui para a redução da produção de plástico. Imprimir sapatilhas conforme a procura, elimina a necessidade de criar stock de produtos. As encomendas percorrem longas distâncias para chegar aos consumidores e muitas vezes ficam “encalhadas” nas lojas sem serem vendidas, acumulando ainda mais lixo. Mas a redução da produção de plástico não é suficiente, é preciso retirar os resíduos que já estão no mar.
A sapatilha criada pela Adidas foi feita em parceria com a Parley for the Oceans, associação que promove a redução da poluição nos oceanos. Possui a sola impressa com poliamida e redes de pesca recicladas. A parte superior é feita de outros resíduos plásticos provenientes dos oceanos também.
Para complementar esta ação, todas lojas da marca deixarão de usar sacos de plástico.
Apesar dos esforços para a limpeza dos oceanos, todo o habitat marinho está comprometido. Por exemplo, os corais são bastante sensíveis às variações de temperatura causadas pelo aquecimento global. Com a morte dos corais, muitas criaturas marinhas ficam desprotegidas e acabam por morrer também.
Para além da produção de sapatilhas através de impressoras 3D e plástico proveniente de resíduos dos mares, a impressão 3D está a ser usada também para aumentar a biodiversidade nos oceanos. Foram desenhados seis modelos de estruturas diferentes de corais artificiais que serão submersas no mar e terão o objetivo de dar abrigo a várias espécies de animais e plantas.
Cada coral artificial demora treze horas para ser impressa, usando areia dolomita e um adesivo especial, mede 1,2X2 metros e pesa 2,5 toneladas.
O projeto foi encabeçado pela Fundação Príncipe Alberto II do Mónaco, que contratou a empresa holandesa Boskalis para a empreitada.
Todos os esforços são válidos, ainda há esperança, mas o principal é que cada um de nós faça a sua parte consumindo menos e separando o lixo corretamente. Não é difícil, mas é urgente.
Este texto foi escrito pela equipa do Blog Eat Innovation, um site sobre as coisas incríveis que se fazem na área alimentar.
Fontes: Digital Trends, Adidas Group, Fast Company, Adidas News Stream, Governo do Principado de Mônaco, BBC
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