Nova Iorque vai ter o primeiro jardim subterrâneo do mundo, um jardim que, apesar de ser debaixo de terra, tem sol, árvores e até relvado.
Nova Iorque é uma cidade que não dorme, para além das milhares de atividades que uma pessoa pode fazer a qualquer hora, não pára de inovar e de criar as soluções mais inusitadas para melhorar a qualidade de vida de quem está vive.
Como funciona um jardim subterrâneo?
Para existir iluminação debaixo de terra, foram montadas infraestruturas semelhantes a árvores, que captam a luz do sol na superfície e transmitem-na para baixo da terra através de fibra ótica. Lá embaixo a luz é difundida através de painéis.
Os captadores de ilumicação serão posicionados em áreas com muita luz solar, e serão ajustáveis para que consigam seguir o sol ao longo do dia, maximizando a quantidade de luz recolhida. Quando a iluminação “natural” for insuficiente, será utilizada eletricidade para iluminar o parque.
A luz no subsolo cria um microclima idêntico ao da superfície, propiciando a fotossíntese das plantas.
O novo parque vai ficar por baixo da Delancey Street, ao lado da Essex Street Station, no Lower East Side. Esta área é uma das menos arborizadas de Manhattan, e a falta de espaço para parques e praças era um problema sério da região.
Uma solução cada vez mais utilizada para combater a falta de espaço nas cidades para criação de zonas verdes, são os Pocket Parks, ou seja, pequenos parques ou jardins que proporcionam locais de descanso para os habitantes.
O túnel que vai receber este inovador jardim subterrâneo tem três quarteirões de comprimento e seis metros de altura, ocupando a área de um campo de futebol. Este espaço, agora abandonado, era utilizado como área de manobra para elétricos que vinham da Manhattan Bridge, e está desativado desde 1948.
Em 2012, um protótipo em escala real do sistema foi montado num armazém e teve a visita de milhares de pessoas, o objetivo era verificar se o sistema funcionava mesmo.
Em 2014, o jardim subterrâneo, que se chama Lowline, começou a ser negociado com o governo, e quando os trâmites legais forem finalizados, o projeto será aberto para financiamento através de doações, como aconteceu com o Highline, um parque construído numa antiga linha férrea elevada. A expectativa é que seja aberto ao público em 2018.
O aproveitamento de espaços abandonados é cada vez mais frequente, exemplo disso são as 10 incríveis estações de comboio que foram convertidas para ter outras utilizações.
Fontes: Chicken or Pasta, IFL Science
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