Introdução de insetos na alimentação reduziria muito o impacto da agricultura e pecuária no meio ambiente. Os ocidentais começam agora a olhar para os insetos como potencial alimento, até Portugal já entrou na moda.
Com a população a aumentar constantemente, ultrapassando já os 7 mil milhões de pessoas, e com as previsões a apontarem para mais de 9 mil milhões até 2050, há a necessidade de produzir cada vez mais alimentos.
Devido à escassez de recursos crescente, à proteção ambiental e à preservação da vida animal, vão surgindo algumas mudanças nos hábitos alimentares. Começam a surgir no mercado dos países ocidentais produtos alimentares com base em insetos, em forma de farinha, como por exemplo a Chapul. Esta marca, para além da venda da farinha de grilo, é também responsável pelo fabrico de barras energéticas com o mesmo ingrediente, mas com diferentes sabores.
Empreendedores de Famalicão querem introduzir insetos na alimentação dos portugueses
Portugal junta-se a esta tendência, com um projeto de criação de grilos e outros insetos para fins alimentares. A ideia surge com a parceria de Tiago Almeida, licenciado em Gestão e Markting, e Joana Cardoso, com formação na área da biologia e alimentação. O Projeto DelightBugs, ainda numa fase inicial, trabalha apenas com grilos mas não descarta a possibilidade de recorrer a larvas de insetos.
Apesar da ideia parecer repugnante, cerca de 80% dos países incluem insetos na sua dieta. Este alimento tem um teor de proteína e vitaminas bem interessante, muito próximo de alimentos como carne, leite e ovos, mas com teor de gorduras muito inferior, o que torna este alimento mais saudável.
A criação de insetos possuem uma pegada ecológica muito baixa, comparativamente com a criação de gado bovino, já que são animais muito mais eficientes em converter alimento em massa corporal. Por exemplo, enquanto uma vaca precisa de 8 gramas de comida para aumentar 1 grama em peso, um grilo precisa de menos de 2 gramas. Uma vaca precisa de 2 a 4 anos para atingir idade de abate, enquanto os grilos necessitam apenas de algumas semanas.
A introdução de insetos na alimentação vai levar a uma redução nas áreas cultivadas para produção de alimento para animais, que atualmente é de cerca de 30% da área cultivável. Vai também levar a uma redução na utilização de água (10 vezes menos), assim como a uma redução substancial no uso de fertilizantes e pesticidas, prejudiciais para o meio ambiente e para a saúde humana e animal.
A agropecuária é também uma das atividades que mais gases de efeito de estufa emite para a atmosfera, pela produção e libertação de metano (20 vezes mais perigoso do que o dióxido de carbono) nos processos digestivos dos animais.
E tu, terias coragem de experimentar comer grilos em nome da sustentabilidade? 🙂
Este artigo foi escrito pelo NOCTULER Paulo Santos.
Fontes: Jornal de Notícias, SIC Notícias, Science, FAO
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