Já imaginaste nunca mais teres que lavar os dentes? Pois, alguém não só imaginou isso como também já trabalha para que isto seja realidade num futuro próximo.
Mais do que fazer a limpeza da sujidade, investigadores da Universidade de Groningen, na Holanda, criaram um dente artificial capaz de repelir bactérias, de modo a que seja impossível a acumulação de placa bacteriana e tártaro.
Para tornar isso possível foi necessário usar uma impressora 3D com resina dental misturada com sais quaternários de amónio antimicrobianos. Após a impressão, o material é endurecido sob luz ultravioleta. O plástico é extremamente durável e resistente e, ao mesmo tempo em que é letal às bactérias, não causa qualquer efeito no corpo humano. Testes adicionais ainda estão em andamento, mas o líder da pesquisa acredita que em breve o produto estará disponível.
Menos radical é a alternativa encontrada por um grupo de cientistas de Harvard, que consiste em fazer o próprio dente regenerar. A “magia” acontece quando laser de baixa frequência estimula células estaminais (ou células-tronco, no Brasil) dentárias a produzir dentina, o material do qual é composto o dente por dentro.
Apesar de ainda não ser a reconstrução completa, a técnica é tão promissora que os investigadores acreditam que poderá ser utilizada também para regenerar ossos no futuro. As tentativas anteriores com uso de células estaminais consistiam em isolá-las do corpo humano, manipulá-las em laboratório e reinseri-las no corpo, método lento e complexo, ao contrário deste, mais rápido e menos invasivo.
Ainda não se sabe como reconstituir outras camadas do dente, mas com isso já é possível evitar os tratamentos de canal, que são bastante dolorosos, e evitar extrações dentárias. Seria como uma casa, já se consegue regenerar as paredes internas, mas faltam as externas e o telhado.
O que não se sabe porém é quando e a que preço isso chegará à população. Nesse caso, os brasileiros do departamento de Química da Universidade Federal de Pernambuco estão à frente com a fórmula composta de nanopartículas de prata com ação bactericida. O custo de aplicação não passaria dos vinte cêntimos por pessoa.
Já existe um produto semelhante no Japão, mas possui maior concentração de prata e deixa os dentes pretos. A versão brasileira possui menos prata, deixa os dentes amarelos e após 48 horas eles voltam a ficar brancos. O composto continua a agir durante um ano, ou seja, mesmo resultado com menos aplicações, graças às nanopartículas, que penetram mais facilmente dentro do dente (foto abaixo). Se as cáries não forem profundas, nem é necessário usar aquela broca dos dentistas que tanto nos apavora.
Enquanto o teu dentista usar a temida broca para tratar os teus dentes, recomendo que continues focado na prevenção, lavando sempre os dentes. Ainda assim, supondo que o dente que não requer limpeza chegue a nós, quem em sã consciência sairia para um encontro após comer uma massa de alho e azeite sem lavar os dentes? Queres matar teus colegas de trabalho com o teu hálito pós-almoço? Quem sabe não inventam os dentes à prova de mau hálito também?
Este texto foi escrito pela equipa do Blog Eat Innovation, um site sobre as coisas incríveis que se fazem na área alimentar.
Fontes: News Scientist, Digital Trends, Globo, Digital Trends
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