As águas calmas do Alqueva, no Alentejo, estão a servir para testar um novo alojamento turístico: uma casa flutuante, autónoma e auto-sustentável, que promete uma estadia descansada em comunhão com a natureza.
Em pleno lago, nas imediações da Amieira Marina, no concelho de Portel (distrito de Évora), os turistas podem alugar esta espécie de “ilha flutuante” e desfrutar do conforto próprio de uma casa. No interior existe uma sala, com sofá-cama e na qual nem falta uma salamandra para aquecer os dias mais frios, cozinha equipada, quarto de casal e casa de banho. Na cobertura exterior há um terraço, para apreciar a paisagem ou apanhar sol.
O projeto, intitulado FloatWing, tem como objetivo responder ao mercado crescente de turismo de Natureza e é da responsabilidade de uma equipa portuguesa que integra o ITeCons – Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Ciências da Construção, a Constálica, empresa especialista em pré-fabricação metálica e com larga experiência no aproveitamento da energia solar, a Amorim Isolamentos, especialista em sistemas de isolamento com cortiça, e a Friday, uma “spin-off” da Universidade de Coimbra.
O protótipo e o conceito deste produto, que segundo os promotores é “inovador” em Portugal, estão a ser validados no Alqueva, em colaboração com a Amieira Marina, que aluga a casa flutuante.
Concebida por módulos pré-fabricados, a casa flutuante é capaz de “navegar” a uma velocidade de cerca de 5 km/h e pode ir dos 16 aos 20 metros de comprimento, por seis de largura. Começa num T1, mas pode evoluir para mais divisões. E, apesar de flutuar no espelho de água, é autónoma e auto-sustentável.
“Esta casa é interessante no Verão, tal como no Inverno, porque tem todo o conforto a bordo. Possui painéis solares térmicos e painéis solares fotovoltaicos, ou seja, assegura a sua própria produção de energia“, explica o responsável. O teto permite o arrefecimento do interior e o pavimento radiante possibilita o aquecimento. O alojamento incorpora também técnicas de tratamento da água de abastecimento e de águas residuais.
Este é mais um exemplo de arquitetura sustentável, integrada no próprio ambiente. Outros exemplos vão desde construção de casas com terra a casas que produzem mais energia que aquela que gastam.
Um exemplo de outra casa flutuante é a Water Nest 100, um conceito que garante a comodidade de uma habitação normal, com a particularidade de poder ser colocada em qualquer lago, baía ou rio.
Fonte: Público
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