António Fernandes, um jovem arquiteto português, inspirou-se na natureza e desenhou uma micro habitação em forma de cubo, revestido a cortiça, ecológica, sustentável, de fácil transporte e construção. Criou, assim, o Ecocubo (Eco³), um projeto de arquitetura e design cujo principal alvo é o turismo de natureza.
O interesse pela sustentabilidade, ecologia, construção modular e flexível, surgiu durante o seu percurso académico, com o objetivo de dar uma resposta mais eficiente às constantes mudanças que ocorrem na sociedade. Mas foi depois de uma experiência na Suíça, onde António trabalhou durante 3 anos rodeado pelos imponentes Alpes, que surgiu e amadureceu a ideia. Constatou que, como em muitas outras paragens turísticas de eleição, em que o principal foco de interesse era o contacto com a natureza, o alojamento disponível era massificado e com uma oferta pouco diversificada.
Quando voltou a Portugal, confrontou-se com lacunas semelhantes no alojamento do turismo de natureza. Foi então que, com a intenção de aproximar os turistas da natureza, surgiu a ideia de criar o Ecocubo: um módulo habitacional compacto, que privilegia a utilização de produtos nacionais e ecológicos, como a madeira e cortiça, amovível, funcionalmente flexível e sustentável. Com uma área entre os 9 e os 16 m², construído com elementos pré-fabricados de simples e rápida execução, permite acomodar entre 2 a 4 pessoas, consoante a tipologia, em que a qualidade e o conforto se alia à comunhão com a natureza.
Com uma imagem personalizada, o que faz com que cada Ecocubo possa, assim, ser único, permite organizar e acomodar diferentes tipos de usos.
“Acreditamos que os turistas procuram experiências autênticas e genuínas nos locais para onde se deslocam. Se tomarmos como exemplo o turismo de natureza, em que o contacto com esta é a principal razão de interesse, consegue-se perceber as vantagens deste tipo de equipamentos.“, contou o arquitecto ao NOCTULA Channel.
O Ecocubo surge com a intenção de criar condições para o alojamento temporário em locais de interesse turístico mas com falta de equipamentos. “Sem colocar em causa a qualidade e o conforto, a nossa intenção é proporcionar esse tipo de experiências promovendo lugares fora dos roteiros tradicionais e dessa forma contribuir para o desenvolvimento das economias e atividades locais, aproveitando o que realmente importa: o contacto com a natureza.“, explicou o autor.
“O que pretendemos com o Ecocubo é habitar a natureza.”
António partilhou com o NOCTULA Channel que a sua vontade é instalar o Ecocubo não só em Portugal, mas também no estrangeiro, onde a natureza é o principal foco de atratividade. Mas o criador do projeto acredita que o fenómeno das tinyhouses (casas pequenas) pode-se estender para além do turismo, afirmando que “o Ecocubo poderia ser uma alternativa ao estilo de vida atual, privilegiando um modo de vida mais simples, com maior liberdade, o que não significa abdicar da qualidade do espaço e da comodidade a que estamos habituados.”.
Pelas suas características, neste caso, o habitual processo burocrático associado à construção de uma habitação é mais rápido.
O Ecocubo pode funcionar de forma autónoma da rede pública, aproveitando de forma eficaz os recursos naturais existentes. Tendo em conta que cada lugar tem as suas especificidades, o projeto pode ser reajustado de modo a que a solução responda a essas circunstâncias de forma eficiente.
A concretização material conta com o conhecimento especializado de parceiros como a corticeira Amorim, a empresa R6Living especialista em construções de madeira, a cerâmica Valdares by Arch, a empresa de eficiência energética Edigreen e o UPTEC – Parque da Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto. O Ecocubo frequentou durante 6 meses o Programa de Aceleração de Startups do UPTEC e, no evento final do Programa, o Startup Pitch Day, foi distinguido com a menção honrosa na área das indústrias criativas.
Recentemente, o Ecocubo ganhou o 1º prémio no Concurso PITCH SESSION, na categoria “Projetos em desenvolvimento”, no âmbito do 2ª Fórum do Turismo Interno “VÊ PORTUGAL”, realizado em junho de 2015, em Aveiro. Este evento serviu também para dar a conhecer a outra cara do projeto, Filipe Brito, também ele arquiteto. Para além da amizade que os une, partilha dos mesmos valores que culminaram na criação do Ecocubo contribuindo, com a sua experiência em diversas áreas, como marketing e webdesign, para o equilíbrio e multidisciplinaridade do projeto.
Casas pequenas e eficientes, quer seja na cidade, no meio do campo ou mesmo na estrada, são cada vez mais populares. Inovações de design de interiores que permitem poupar espaço em casas pequenas, fazem com que muitas pessoas percebam que menos pode ser mais.
O Ecocubo segue a tendência da arquitetura sustentável. Existem vários exemplos, desde construção de casas com terra a casas que produzem mais energia que aquela que gastam. Um exemplo específico é o de uma família no Reino Unido que decidiu construir uma casa Hobbit sustentável com materiais naturais e com as suas próprias mãos.
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