Manter a produção perto dos grandes centros consumidores é caro, mas tê-la longe implica alimentos menos frescos.
Como resolver? Com uma quinta flutuante!
Roterdão, na Holanda, já tem uma Floating Farm – uma quinta flutuante.
Trata-se de uma plataforma que ficará a flutuar no mar e ancorada no porto da cidade. Esta quinta será especializada na produção de leite e iogurtes. O projeto é fruto de uma parceria entre três empresas do país com especialidades complementares.
Peter van Wingerden, diretor da Beladon, umas das empresas envolvidas neste projeto e especialista em edifícios com estruturas flutuantes, diz que: “a ideia é criar o máximo de alimentos possível localmente”, afirmando ainda que “a construção de cidades totalmente flutuantes no futuro”.
Peter van Wingerden, afirma também que a ” ideia a longo prazo é criar cidades que sejam completamente auto-suficientes em elementos essenciais como água limpa, energia, alimentos e resíduos”.
A inspiração veio após o furacão Sandy, ocorrido nos Estados Unidos em 2012, em que os norte-americanos perceberam quão rapidamente a comida poderia acabar. Após um desastre como este, se os camiões de entrega não tem acesso, pois as estradas estão bloqueadas, a cidade pode passar por uma grave crise de falta de alimentos. Estando próxima da cidade, a produção fica menos vulnerável.
A quinta será pequena, apenas 40 x 32 m, espaço suficiente para 40 vacas que irão produzir cerca de 1500 litros de leite diariamente. Há também a possibilidade de ampliar o espaço para acomodar até 200 vacas. A estrutura será composta de grama artificial sendo que a alimentação dos animais crescerá em pequenos espaços com utilização de luzes de LED.
Em relação aos resíduos, a urina dos animais será drenada pelo chão e ficará armazenada em compartimento hermético. Isto reduzirá as emissões de amônia (produto químico perigoso e corrosivo que prejudica a saúde), no ambiente e facilitará a distribuição desse material como fertilizante para outras quintas urbanas.
Os excrementos dos animais serão acumulados separadamente e passarão por um biodigestor para gerar biogás e adubo. Para completar, a água da chuva será utilizada para as vacas beberem e toda a plataforma será mantido com energia solar.
A plataforma também sediará um laboratório de alta tecnologia para pesquisa em produção de alimentos e tratamento de água e de resíduos.
A iniciativa é muito boa, porém não é totalmente nova.
O escritório de arquitetura Forward Thinking Architecture, sediado em Barcelona, Espanha, desenvolveu o projeto Smart Floating Farms, uma plataforma flutuante em alto-mar para produção de peixe e de vegetais, mas este projeto ainda não foi implementado.
Para os interessados, a empresa conta com opções de franquias para expansão do conceito. Contudo os especialistas duvidam das previsões de retorno do investimento para o empreendimento. Apesar de ser quase auto-suficiente, a capacidade de produção é pequena e pode se tornar um produto para pequenos pontos do mercado e não algo para alimentar grandes cidades. É esperar para ver.
Este texto foi escrito pela equipa do Blog Eat Innovation, um site sobre projetos inovadores da área alimentar.
Referências: Gizmag, FastCompany, Tech Insider
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