E se conseguíssemos redirecionar a energia do Sol que fica presa no espaço, para a Terra, de modo aliviar a fatura da eletricidade? Foi o que uma equipa de investigadores japoneses fez.
Não é novidade nenhuma que a energia do Sol, designada como um “combustível limpo”, tem vindo a ser utilizada como fonte de energia, nas nossas casas e fábricas. Mas a verdade é que só aproveitamos uma parte dessa energia, pois o resto fica perdido no espaço, não consegue atravessar a atmosfera terrestre.
Agora imaginem: e se existisse uma maneira de aproveitar essa energia que é desperdiçada no espaço? Um grupo de investigadores da Agência Japonesa de Exploração Espacial conseguiu, com sucesso, resposta a essa questão, com o projeto Space Solar Power Systems.
Segundo o porta-voz da Agência Japonesa de Exploração Espacial, um grupo de investigadores conseguiu com sucesso redirecionar a energia do Sol com um elevado nível de precisão.
Como recolhem energia do Sol fora do planeta Terra?
A energia solar é recolhida fora do nosso planeta, convertida em radiação eletromagnética (micro-ondas ou raios laser) e transmitida depois para centrais na superfície terrestre ou em plataformas no oceano, que a transformam em eletricidade e hidrogénio, para usarmos como combustível nos nossos aparelhos.
A captura de energia através deste método tem várias vantagens, comparativamente com a energia solar captada na Terra. A principal é o facto de não estar dependente das condições meteorológicas, ou seja, através deste método a energia solar pode ser capturada em dias muito nublados e até mesmo durante a noite.
Apesar de ainda estarem em fase de testes, e de considerarem que só daqui a muitas décadas é que iremos tirar total proveito deste combustível limpo, a verdade é que os investigadores já conseguiram utilizar esta fonte de energia e alimentar durante oito horas um computador desktop.
Se conseguirmos aumentar o aproveitamento da energia do Sol, podemos, finalmente, ter encontrado um recurso natural como resposta à escassez do combustível fóssil e uma alternativa à energia nuclear, um combustível instável que tem originado alguns desastres, como é foi caso Fukushima, em 2011.
Apesar do futuro do processo de redicionar a energia do Sol para a Terra ainda estar dependente da evolução do processo de investigação e dos meios criados, a verdade é que estamos a testemunhar um grande avanço na produção de uma nova fonte de energia que pode ser usada como combustível, tanto na Terra como no Espaço.
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