Desenvolver um robô tão pequeno foi um desafio para os pesquisadores que trabalham no projeto há mais de uma década. “Nós tivemos que desenvolver soluções para tudo”, conta Robert Wood, membro da equipa de investigação.

Um dos principais desafios foi encontrar um motor para o movimento das asas. O pequeno robô utiliza tiras de cerâmica que se expandem e se contraem quando um campo elétrico é ativado. As suas articulações são dobradiças de plástico envoltas em fibras de carbono. Um sistema de controle comanda os movimentos do robô, que precisa ser muito ágil, uma vez que mesmo mudanças leves de correntes de ar podem afetar o voo.

Outro dos desafios deste projeto, foi fazer com que o sistema de parar e de se fixar numa parede funcionasse, uma vez que a utilização de ganchos tornaria o robô muito pesado. No entanto, o grupo de investigadores americanos, aplicaram um pequeno adesivo que graças a uma carga eletrostática, pode ser ligado e desligado. Quando ligado, o adesivo adquire uma carga negativa e faz com que se agarre a proximidades com carga positiva. Este efeito pode ser simulado com um balão, esfregando o mesmo no cabelo e de seguida, furá-lo na parede. Irá reparar que ficará agarrado à parede!

Equipados com sensores, o grande objetivo deste projeto é criar enxames completamente autónomos, capazes de ajudar em processos de busca e salvamento, bem como em processos de polinização artificial. A possibilidade de se criar um enxame deste tipo de tecnologia, seria também o mecanismo ideal para alertar socorristas das mais vastas áreas de incêndios florestais ou outros desastres naturais.

Nós humanos, sentimos-nos incomodados com a presença de insectos, mas será que com a implementação do robô-bee, criando enxames dos mesmos, nós não teríamos muita coisa a ganhar? Já pensou nos incêndios que seriam evitados, impedindo a destruição do ambiente e de habitações?